Redes colaborativas de pesquisa podem contribuir para reduzir as desigualdades regionais, ampliar o acesso à ciência e enfrentar os desafios ambientais da Amazônia. Esses são os destaques do estudo publicado na Proceedings of the Royal Society B, revista científica com publicação contínua mais antiga do mundo.

Dr Filipe França, Senior Research Fellow in Biological Sciences at the University of Bristol, said: “I’m so proud that COP30 is being held in the country I was born, home to the ecosystem I’ve been studying for over 15 years, and in the city where I have various research projects and project partners.

Os resultados do PPBio AmOr se refletem em publicações científicas de destaque e na participação ativa em eventos do setor. O programa contribui também para avaliações de espécies ameaçadas e para as políticas públicas, disseminando dados em plataformas como Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (SISBIO), Monitora e Salve, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), bem como a plataforma de dados ecológicos TAOCA.

Pesquisadores apresentaram nesta sexta-feira (26), na Universidade Federal do Pará (UFPA), a Carta de Belém, documento que reúne contribuições de mais de 120 cientistas de 22 redes de pesquisa nacionais e internacionais. O texto foi lido no encontro ‘Conexões Amazônicas: Ciência e Rede para a COP 30’ e será referência para a Conferência do Clima da ONU (COP30), que ocorrerá em novembro na capital paraense.

O coordenador do evento, professor Leandro Juen (CISAM/ INCT-SinBiAm e PPBio AmOr.), destacou a diversidade da iniciativa. Pela primeira vez conseguimos reunir, em um único espaço, representantes das principais redes científicas atuantes na Amazônia. Isso é mais do que representatividade: é diversidade, é força coletiva.

Um dos focos em debate é o monitoramento socioecológico e a integração entre os projetos PELD-AmOr, Flora-AmOr e PPBio-AmOr, que atuam na produção de dados de longo prazo sobre biodiversidade e mudanças no uso da terra na Amazônia Oriental. Outro tema é o INCT-SinBiAm, com debates sobre bases de dados, modelagem ecológica, impactos das mudanças climáticas e formação de jovens cientistas.

Segundo o SYNERGIZE, a Amazônia é a região do país que menos recebe investimento para pesquisas em biodiversidade. As assimetrias são igualmente acentuadas dentro do próprio bioma, pois os grandes centros urbanos concentram mais investimentos. Em relatório (policy brief), o grupo apresenta algumas sugestões para ultrapassar as limitações das pesquisas ecológicas na Amazônia, como a TAOCA – uma plataforma de dados nacional que objetiva ampliar e consolidar o conhecimento ecológico sobre a biodiversidade da Amazônia.

O evento, capitaneado pelo projeto Synergize/SinBiose, contou ainda com o lançamento da plataforma TAOCA com dados da biodiversidade da Amazônia.

Cientistas, gestores públicos e interessados em desenvolver pesquisas sobre a biodiversidade da Amazônia têm à disposição uma nova base de dados padronizada sobre o tema. Trata-se da base Taoca, apresentada em Belém-Pará durante o workshop do projeto Synergize, que reuniu pesquisadores e representantes de instituições governamentais e não-governamentais, nos dias 27, 28 e 29/10.